sexta-feira, 10 de julho de 2009

As Cinco Técnicas de EVH

Aplicação do Método Direto em sala de aula:

As Cinco Técnicas:

1. Harmonização: contato com a essência interior.
Objetivos:
· Aquietar a mente e as emoções;
· Melhorar a concentração, a memorização e a receptividade;
· Desenvolver a percepção;
· Auxiliar o estudante a estar em sintonia com a voz da consciência dentro de si;
· Ampliar a relação de amor para com os outros e para si mesmo.

Exemplos de harmonizações:
Sentar-se em silêncio;
Atenção à respiração;
Relaxamento;
Orações;
Músicas suaves.

2. Citação: a ponte para a reflexão.
Objetivos:
Desenvolver o discernimento e a capacidade de reflexão;
Estimular o pensamento analítico;
Propiciar o desenvolvimento da memória;
Compreender a verdade em seus aspectos tangíveis e intangíveis;
Capacitar a ouvir e refletir sobre a posição dos outros.

Exemplos de citações:
· Frases positivas;
· Provérbios;
· Pensamentos.

3. Contar histórias: forma eficaz de passar a mensagem.
Objetivos:
· Mostrar que por trás do caráter há Unidade entre pensamentos, palavras e ações;
· Ajudar a florescer boas qualidades;
· Promover a reflexão sobre ações e conseqüências;
· Desenvolver a capacidade de concentração e interesse;
· Despertar a vontade de executar ações altruístas;
· Estimular uma conduta adequada.

4. Canto em grupo: uma forma de abrir o coração.
Objetivos:
· Desenvolver a apreciação estética e o sentido de participação na construção do belo;
· Manter a serenidade e o equilíbrio;
· Desenvolver a harmonia e o ritmo;
· Propiciar a cooperação entre os estudantes;
· Aumentar a sensibilidade, a alegria e a vibração do ambiente.
· Desenvolver o sentimento de Amor.

5. Trabalho Grupal: despertando a consciência da Unidade.
Objetivos:
· Desenvolver e cultivar o sentimento de cooperação;
· Desenvolver o sentimento de Unidade;
· Desenvolver a integração entre pensamento, palavra e ação;
· Desenvolver a autoconfiança, autodisciplina e a autoestima;
· Capacitar a enfrentar desafios e tomar consciência da diversidade;
· Aprender com os demais.

(Fonte: Apostila do Instituto de Educação Sathya Sai)

Valor Honestidade (9 a 10 anos)

PLANEJAMENTO DE AULA:

Valor Absoluto: Verdade
Valor Relativo: Honestidade

Objetivos: Mostrar ao estudante a importância da honestidade e bom comportamento para as relações humanas.
Método:
1. Harmonização:
1.1 Atenção à própria respiração;
1.2 Sentar-se em silêncio.
2. Citação: “A honestidade nos leva a ser pessoas confiáveis.”
Perguntas:
· O que significa a palavra honestidade?
· O que significa ser “confiáveis”?
· O que significa a frase “nos leva a ser seres confiáveis”?
· O que você sente quando age de forma honesta?
· Se você é honesto nas suas atitudes as pessoas vão confiar mais em você?

3. História: A semente da verdade (Conto Folclórico Oriental) Recontado por Patrícia Engel Secco. Edt. Fundação Educar Dpaschoal
O imperador precisava achar um sucessor.
Sem filhos, nem parentes próximos, ele decidiu chamar todas as crianças do reino.
Thai foi uma delas. Ele era um ótimo menino. Dedicava-se ao jardim de sua casa e cada planta tocada por ele crescia viçosa e forte.
No dia marcado, dirigiu-se até o palácio, onde havia milhares de pequenos súditos. O imperador disse:
- Crianças, preciso escolher o meu sucessor entre vocês. Vou lhes dar uma tarefa. Aqui estão algumas sementes e quero que vocês as cultivem. O trono será daquele que me trouxer, daqui a um ano, a planta mais bonita.
Thai era um excelente jardineiro e com certeza faria muito bem o que o imperador pediu. Porém, por mais que se esforçasse, a semente não brotava. O menino fez tudo o que podia, mas seus esforços não adiantaram.
Até o dia de apresentar a planta ao imperador, a semente de Thai não havia brotado e o menino estava tão preocupado que não queria enfrentar as outras crianças; porém, seu avô disse:
- Você é honesto. Vá até o imperador e diga a verdade. Sua dedicação foi máxima, mas a semente não brotou. Não se envergonhe querido, apenas explique o que você fez, pois devemos sempre agir com honestidade, buscando a felicidade, sem que a nossa alegria faça alguém infeliz.


Thai obedeceu ao avô e foi ao palácio. Entretanto, ao chegar lá, ficou assustado, pois era a única criança que não levava consigo uma belíssima planta.
O imperador chamava as crianças e examinava os vasos. Não sorria e nem esboçava contentamento. Thai estava muito nervoso, pois se o imperador não havia até agora aprovado aquelas plantas maravilhosas, o que diria de seu vaso sem nada?
Thai foi ficando para trás e, quando se deu conta, era o último da fila. Mas sua vez chegou e ele não poderia mais adiar o encontro com imperador.
- Vejamos, meu jovem, o que tem aí para mim. Thai não pôde mais evitar as lágrimas. Com a cabeça baixa, mostrou o vaso ao imperador e disse:
- Senhor, sou um jardineiro e uma de minhas virtudes é a perseverança, mas por mais que eu tenha me esforçado, a semente não brotou. Meu avô ajudou a pensar sobre o que fazer e optei por dizer a verdade, contar meu esforço e pedir-lhe perdão.

- Não se envergonhe, criança, você fez o certo. A sua grande virtude foi dizer a verdade, pois eu havia queimado todas as sementes e nenhuma poderia germinar. Portanto, você foi o único que, de fato, plantou a semente da verdade.

Perguntas:
· Por que o imperador precisava arrumar um sucessor?
· O que ele fez para escolher o seu sucessor?
· Quem é Thai?
· Como ele cuidou da semente que o imperador fez?
· Que resultado ele obteve?
· O que ele sentiu quando viu que não havia brotado a semente?
· Tendo de voltar ao palácio, o que ele decidiu fazer?
· O que ele sentiu diante do Imperador quando apresentou o vaso vazio?
· O que fizeram os outros garotos para ter uma planta no vaso?
· O que lhe disse o imperador?
· O que você faria se fosse Thai?

4. Canto grupal: VERDADE
Edson Aquino
Verdade seja dita: tudo é verdade
Se toda verdade for sempre bem-vinda.
A bem da verdade, a sinceridade
Traz felicidade ao coração que ela habita.
Justiça seja feita: à luz da verdade
O bem se agiganta, o mal se evita. (2 vezes)
Não perca a esperança: buscar a verdade
Exige coragem, fé e muita lida.
Pra falar a verdade não precisa idade.
Na eternidade a verdade é bendita.
E nunca se esqueça: Deus não faz alarde,
E ele é a mais bela verdade infinita... (2 vezes)

5. Sugestões de trabalho grupal:
· Desenhar a história em grupo (cartaz);
· Dramatizar a história.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Valor Inciativa, cooperação, união (para todas as idades)

Trabalhei com este vídeo em todas as turmas de 1a. a 4a. séries da minha escola da seguinte forma:

Após uma harmonização com música suave, prestando atenção à respiração, perguntei:

O que vocês mais gostam na escola? O que faz vocês pensarem como é bom vir para a escola.

Incrível como eles tiveram dificuldade em dar as respostas, e raríssimas crianças responderam que gostavam de aprender, das atividades rotineiras da escola.

Perguntei: O que falta na escola para que ela fique ainda melhor? O que tem que mudar?

A resposta foi unânime: acabar com a violência, principalmente no recreio.

Perguntei: Como fazer isso? O que precisa acontecer para que o recreio fique melhor?

As respostas variam de acordo com a maturidade das crianças. O importante é fazê-las pensar.

A seguir passei o vídeo.

Eles adoraram. Pediram para ver mais de uma vez. Conversamos muito sobre o vídeo. O que entenderam. Como se sentiram. O que o vídeo ensina. Quais os valores que o vídeo mostra. E o mais importante: o que ele tem haver com a conversa que tivemos antes.

A conclusão saiu deles. Para o recreio melhor é preciso que cada um mude. Se "eu não quero apanhar, tenho que parar de bater".

Apresentei a citação: "Seja a mudança que você quer no mundo" Gandhi

Listamos ações práticas para resolvermos o problema e encerramos cantando a música Paz pela Paz de Nando Cordel.

Valor Verdade/Veracidade (9 a 10 anos)

PLANEJAMENTO DE AULA:

Valor Absoluto: Verdade/Paz
Valor Relativo: Veracidade, calma



Objetivos: Levar o estudante a perceber a importância da veracidade na nossa vida: a nossa vida atinge harmonia, realiza-se mais a fundo, fica cheia de paz, quando buscamos a verdade.
Método:



1. Harmonização:
1.1 Atenção à própria respiração;
1.2 Sentar-se em silêncio.



2. Citação: “Quem busca a verdade encontra paz interior.”
Perguntas de compreensão de texto:
· O que significa a palavra verdade?
· Qual o sentido do verbo buscar?
Perguntas de raciocínio:
· Qual o significado da expressão “Quem busca a verdade”?
· Idem para “encontra paz interior”?
Perguntas de sentimento:
· Que sentimento nos faz querer buscar a verdade?
· O que sentimos quando encontramos a paz?
· Como fica a nossa vida quando estamos em paz?




3. História: O menino que descobriu uma coisa.


Este Menino gosta de ir caminhando para a Escola, todos os dias. No caminho ele sempre encontra alguns dos seus amigos, e de lá, vão juntos, conversando, olhando as coisas da rua! E no geral, os dias são mais ou menos iguais. Mas, hoje ele vai aprender uma coisa muito importante para si mesmo. Trata-se de uma coisa que quando se aprende, nunca mais se esquece!

Certo dia, à caminho da Escola, um Menino viu uma pequena árvore. Embora passasse por ali quase todos os dias, já que aquele era seu segundo caminho favorito, só agora ela a percebera! Ele gostava daquele caminho, porque passava diante de um velho e misterioso galpão, de uma antiga fazenda abandonada. Diziam que ali era mal assombrado, mas o lugar era bonito, e ele gostava daquele "ar de mistério" da velha fazenda.

Além disso, ninguém se importava com a lenda da assombração. Tanto que era um caminho preferido por muitos. De fato, todos gostavam de ali brincar, pois, era um lugar amplo e aberto.Assim mesmo, era um lugar misterioso e ninguém tinha coragem de ir brincar no terreno do velho galpão. Mas também ninguém se importava com a pequena árvore. Passando ou brincando, ninguém sequer percebia que ela existia.

De repente ele teve uma idéia! E se ele cuidasse daquela árvore? Não era preciso muito. Bastava que a olhasse todos os dias! Podia ser apenas nos momentos que estivesse à caminho da escola, já que ali era bem longe de sua casa. Cuidaria para ninguém mexesse com ela, ou arrancasse suas folhas. Combinaria com seus amigos, para que todos ficassem também de olho nela em outros horários diferentes do seu! Seriam todos assim, os guardiões secretos da mesma, até que ela crescesse...

Ele gostou de sua grande Idéia. Logo falou com seus amigos mais próximos e todos concordaram. E em cada parte do dia, alguém passava por lá e dava uma olhava. E nos dias de folga, como ali era um lugar para brincar, todos estavam de olho. Mas, um dia, quando estava voltando da Escola, ele teve uma grande surpresa! Viu que no lugar onde a pequena árvore estava plantada, só havia um buraco. Alguém arrancara a árvore, a sua árvore!

E Ele começou a pensar no que poderia ter acontecido ali. Certamente que alguém fizera aquilo! Mas, quem? Era difícil saber o que de fato acontecera. Mas, sua "Imaginação" não ficou quieta e logo começou a criar coisas. E em sua cabeça, os pensamentos brincavam descontrolados em busca de um culpado, mesmo que não tivesse a menor idéia de quem poderia ter feito aquela "maldade".

Ele percebeu que sua imaginação, ao pensar em alguém, já culpava aquela pessoa, sem nem ao menos saber o que realmente acontecera. Mas, o fato de não saber, não era um problema, pois os motivos, ela, sua imaginação, também criava... Sua imaginação não estava preocupada com o problema da árvore, pois queria apenas encontrar um culpado! E sendo assim, qualquer um servia! E ele começou a julgar qualquer pessoa que aparecia em sua mente, apesar de não ter provas de nada!

E as primeiras vítimas dos seus pensamentos começaram a surgir Primeiro ele pensou num mendigo que sempre via ali por perto! E pensou: "Só pode ter sido ele. Um velho daquele, com aquela cara de ruim que tem, arrancaria a plantinha só por maldade!" Ele Percebeu que já o estava acusando e culpando, mesmo sem conhecer a verdadeira história...

E ele percebeu que, além de acusar sem provas, sua imaginação também criava imagens do que supostamente tinha acontecido, mesmo sem ter presenciado nada! E ele chegou mesmo a ver o mendigo pisando na árvore. E mais ainda, além de ver a cena escutou o seu sorriso maligno. Antes que pudesse pensar em como sua imaginação criava tudo isso, ele encontrou outro suposto culpado!

Dessa vez foi sua amiga de sala de aula. Ele achava que poderia ter sido ela, pois um dia, a vira pisando numa plantinha no pátio da escola. E mais uma vez, sua imaginação criou uma cena onde ele podia vê-la arrancando a plantinha, e em seguida sair correndo, sorrindo e feliz por ter feito aquilo. Ficou furioso com ela, assim como ficara um minuto atrás com o mendigo!

E ele pensou que, por causa deles, sua árvore não mais cresceria! Imaginou então ela já grande, repleta de frutos maduros. Chegou a se ver embaixo da mesma, colhendo aqueles belos frutos. Só que isso não mais aconteceria, graças a um daqueles dois. O fato é que sua imaginação já encontrara os culpados. Mais ainda, julgara e condenara a ambos, mesmo sem que existisse prova alguma contra eles.

Sentiu uma grande raiva daquelas pessoas, e um enorme desejo de vingança tomou conta de si... Pensou em alguma coisa de mau, um castigo, que poderia acontecer com aquelas pessoas! Isso para pagarem por aquilo, que ele julgava, tivessem feito! E nesse exato momento, viu que sua amiga, a mesma que acusara em seus pensamentos, ia passando ali perto. Ela se aproximou dele sem compreender porque estava tão bravo.

E ela foi logo dizendo: Você não imagina o que aconteceu! Ele permanecia calado com uma cara de poucos amigos. E ela continou a falar. O Mendigo, a gente nem sabia, é um guardião das árvores. Ele sai à procura delas quando estão ainda pequenas, para então levá-las ao seu jardim, onde são plantadas. Lá ela limpa-as, rega-as, até crescerem!

Então ele veio aqui à noite, e levou a plantinha para seu jardim. Ele disse que aqui ela não teria como crescer, pois alguém acabaria pisando nela. Seu jardim fica daquele lado! O que poderia ele dizer naquele momento? Estava muito envergonhado de ter Imaginado tudo aquilo... Condenara inocentes com sua imaginação, e agora percebia seu grande erro. Sentia tanta vergonha, que sequer tinha forças para dizer alguma coisa...

Sinceramente arrependido pelo seu erro de julgamento disse: Você sabe de uma coisa? Percebo agora claramente, que o maior erro de alguém é julgar os outros com a própria imaginação. Nosso pensamento é capaz de criar coisas que não existem, e então nos engana afirmando que são verdadeiras. E pode ver mais adiante, o mendigo em seu florido jardim, cuidando como ninguém da plantinha.

Aprendera naquele dia, a mais importante lição de sua vida. E, ainda comovido e abalado pelo erro que cometera, sentiu que gostava ainda mais da sua amiga, e de verdade, admirava como nunca aquele mendigo. E ele disse: Hoje foi um dia Especial para mim! Depois de hoje, não mais serei a mesma pessoa de antes. E eles foram caminhando para casa, como faziam todos os dias. xx
... FIM ...





Para visualizar os desenhos acesse o link abaixo.

Fonte: Contos Infantis Ilustrados - O Menino que Descobriu uma Coisa - © Copyright 2000-2008 - http://www.sitededicas.com.br/
Autor: Alberto Filho


Perguntas de compreensão:
1. O que o menino fazia todos os dias?
2. O que ele encontrou?
3. Qual foi a sua idéia?
4. O que aconteceu que deixou o menino chateado?

Perguntas de raciocínio:
O que fez o menino quando descobriu o que tinha acontecido?
O que de fato havia ocorrido?

Perguntas de sentimento:
Qual foi o sentimento do menino quando resolveu cuidar da plantinha?
Como ele se sentiu quando descobriu o seu sumiço?
Que lição ele aprendeu depois de saber da verdade?
Como você agiria numa situação parecida?





4. Atividade grupal: Dinâmica “O Quadro”

Objetivo: Perceber a importância de conhecer a verdade dos fatos.

Material: Um quadro ou gravura e uma toalha.

Procedimento:
· Dividir a turma ao meio e pedir para metade esperar do lado de fora;
· Apresentar um quadro ou gravura para o restante da turma e pedir para observem os detalhes;
· Cobrir o quadro e pedir que o restante da turma volte;
· Pedir para eles falarem o que acham que tem no quadro;
· Pedir para os alunos que observaram o quadro falem o que viram;
· Descobrir o quadro e pedir para que observem o quadro;
· Conversar sobre o que cada um sentiu e qual a sensação de ter de falar de algo que não conhece, de ouvir dos outros e de ver por si mesmo a realidade.

5. Canto Grupal:

MÃO ÚNICA
Edson Aquino
Pense a verdade, diga o que pensa.
Sinta o que diga, seja o que sente.
Diga a verdade, seja o que diga.
Sinta o que pensa, pense no que sinta.
Seja verdade, sinta o que seja.
Diga o que sinta, pense no que diga.

Pensamento, palavra e ação,
Juntos, na mesma direção,
Trazem paz e equilíbrio ao coração.


Subsídios para o professor:
É verdadeiro o homem que, ao reconhecer os seus erros, se arrepende; o homem que ao reconhecer que se afastou da sua natureza, da sua dignidade, mesmo que não seja por uma falta de palavra, mesmo que seja só com os seus atos, deseja reempreender o caminho abandonado.
Arrepender-se é veracidade, há veracidade na retificação que o arrependimento implica. E retificação é tudo aquilo que na vida corrente significa reconhecer um erro, pedir desculpa e corrigi-lo.